Por Gislaine Westphal
Seguindo o exemplo do ano passado, conforme reportagem da Agência FAPESP https://bit.ly/2OQtOR4, o projeto “Paulistinha chega às escolas” acontece este ano no Colégio Vida Ativa, no bairro do Itaim Paulista, zona leste de São Paulo.
O objetivo é levar conhecimento sobre como é o trabalho de um pesquisador científico e os passos necessários para tal. “Eu percebi que para ser cientista ou qualquer outra profissão, precisamos de paixão, persistência, curiosidade e saber trabalhar em parceria”, afirma Flávia Silva, aluna do 6° ano do Colégio Vida Ativa.
A iniciativa continua supervisionada pela pesquisadora Monica Lopes Ferreira – diretora do Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada (LETA) e coordenadora de Ciência da Educação e Difusão do Conhecimento do CeTICS (Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular) – um centro de pesquisa apoiado pela FAPESP. “Divulgar o papel da ciência e a importância do trabalho dos cientistas vai além do nosso trabalho no laboratório, temos que dialogar com o futuro da ciência”, comenta a cientista.
O projeto está dividido em quatro etapas, que inclui também a dedicação da escola e da professora de ciências de forma abrangente. Os estudantes recebem um caderno de atividades sobre o Paulistinha, ilustrado por Veridiana Scarpelli e com orientação pedagógica de Meg Artacho. A professora de ciências do colégio, Bruna Lopes Silva, ficou encantada com a iniciativa. “É um projeto lindo, as crianças ficam extasiadas com tudo que aprendem e ouvem. Nós escolhemos alunos que já tem uma pré-disposição na área e que mostram interesse”, diz a educadora.
Na primeira parte – em sala de aula – os alunos discutem com a professora o
que é ciência e o que faz um cientista. Eles desenham como imaginam fisicamente um pesquisador, além de prepararem perguntas e estudarem sobre a biologia do peixe. Na segunda etapa, que ocorreu no dia 5 de setembro de 2018, os alunos participaram de uma palestra “Da praia ao laboratório, como me tornei cientista”. Este é o momento em que as crianças interagem com a pesquisadora e desmistificam muitos paradigmas sobre o tema.
A terceira etapa incluiu a visita ao LETA, que ocorreu no dia 5 de outubro. Os alunos foram divididos em três grupos e, por meio de um circuito, eles puderam entrevistar outros pesquisadores, visitaram alguns museus dentro do Instituto Butantan e foram ao biotério conhecer a Plataforma Zebrafish.
Na próxima etapa eles irão participar de um experimento. Para os envolvidos a importância das crianças este universo é fundamental para o futuro delas. “Não é fácil ser cientista, você estuda muito se dedica, às vezes dá certo, às vezes não. Porém, se você souber o que quer as pessoas terão prazer em ajudar. É preciso ter foco e determinação”, afirma Dilza Trevisan Silva, pós-doutoranda do Instituto Butantan.
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